Como Identificar Dor no Joelho: Sinais de Alerta e Cuidados
Dor no joelho é uma queixa comum entre corredores e atletas. Mas como saber se é apenas sobrecarga ou algo mais sério? Vamos explorar!
Entendendo a Dor no Joelho
A dor no joelho é uma companheira frequente para muitos, especialmente para quem leva uma vida ativa. Dados recentes mostram a dimensão desse problema: uma pesquisa da revista científica ABCS Health Sciences, de 2025, revelou que aproximadamente 25% dos adultos brasileiros sofrem com essa condição. Ela é, inclusive, uma das principais razões para a limitação física e o afastamento de diversas atividades. Outro estudo, da Scielo Brasil, também de 2025, complementa essa visão, indicando que mais de 40% da população convive com dor crônica, e o joelho está entre as áreas mais afetadas.
Mas nem toda dor é um sinal de lesão grave. O Dr. Adriano Leonardi, um renomado ortopedista especialista em joelho e médico do esporte, explica que a dor pode ser parte de um processo de adaptação do corpo. Ele destaca que o joelho é uma articulação que exige muito: ele suporta peso, oferece estabilidade e absorve impactos constantes. Em pessoas mais jovens, a dor pode surgir de treinos muito intensos, técnicas inadequadas ou desequilíbrios musculares. Já em indivíduos mais velhos, a causa pode ser a diminuição da capacidade de absorver o esforço, seja por perda de força, desgaste natural ou desalinhamento. Em ambos os cenários, o corpo está enviando um aviso para que ajustes sejam feitos, e nem sempre isso significa uma lesão séria.
Sinais de Sobrecarga x Problemas Mais Sérios
Saber distinguir entre uma dor de sobrecarga e um problema mais grave é crucial para uma recuperação eficaz. O Dr. Adriano Leonardi nos orienta sobre os sinais que devemos observar:
- Dor que melhora com descanso leve: Se a dor diminui com a aplicação de gelo, um pouco de recuperação ativa ou um ajuste no seu plano de treino, é provável que seja um sinal de adaptação do corpo. O recado aqui não é para parar completamente, mas sim para encontrar um equilíbrio entre o estímulo do exercício e o descanso necessário.
- Dor persistente por mais de duas a três semanas: Se a dor não desaparece mesmo com medidas simples e se mantém por um período superior a duas ou três semanas, é um alerta. Isso pode indicar condições como condromalácia, uma lesão no menisco ou o início de um desgaste na cartilagem. Nesses casos, a recomendação é clara: procure um especialista para uma avaliação aprofundada.
- Inchaço, estalos dolorosos e instabilidade: Estes são os “alertas vermelhos”. Se você sentir que o joelho “falseia” (perde a firmeza), tiver a sensação de algo “preso” dentro da articulação, notar uma limitação nos movimentos ou apresentar inchaço que volta com frequência, é fundamental investigar a estrutura articular. Muitas vezes, exames como a ressonância magnética são necessários para um diagnóstico preciso.
Cuidados e Tratamentos Atuais
Um dos maiores equívocos quando se trata de dor no joelho é a ideia de que o repouso absoluto é a melhor solução. O Dr. Adriano Leonardi desmistifica essa crença, afirmando que “parar tudo” pode, na verdade, agravar a situação. O repouso prolongado leva ao enfraquecimento dos músculos, diminui a estabilidade da articulação e pode até acelerar o processo de degeneração. Pelo contrário, o exercício físico, quando bem orientado e prescrito por um profissional, funciona como um verdadeiro “remédio” para o joelho.
Além disso, o campo da medicina esportiva tem avançado muito, oferecendo tecnologias regenerativas que estão revolucionando os tratamentos. O especialista menciona que o “futuro já é presente” com opções como:
- PRP (Plasma Rico em Plaquetas)
- Hidrogéis de ácido hialurônico
- Infiltrações combinadas
- Eletrolólise
- Ondas de choque
- Protocolos de força estruturados
Essas abordagens modernas têm sido eficazes em adiar cirurgias e permitir que as pessoas retornem às suas atividades esportivas com mais segurança e uma melhor qualidade de vida.
A Importância do Exercício e da Prevenção
Para o Dr. Adriano Leonardi, a dor não deve ser vista como um veredito final, mas sim como uma informação valiosa. O foco principal não é apenas eliminar a dor, mas sim investigar e tratar a sua causa raiz. Ele ressalta que o joelho reage muito bem a um programa de fortalecimento muscular, ao aprimoramento do controle neuromuscular e a estímulos de treino que são progressivos e bem planejados. A mensagem final é inspiradora: quem adota uma estratégia inteligente de treinamento não só se recupera, mas muitas vezes retorna às atividades físicas em uma condição ainda melhor do que antes.
Cuidar dos joelhos é um investimento na sua saúde e na sua paixão por se movimentar. Fique atento aos sinais do seu corpo e não hesite em buscar orientação profissional quando necessário. Seus joelhos agradecem!
Fonte: Webrun
