Ultramaratonista transforma corrida em solidariedade e arrecada R$ 10 milhões
Você já pensou em como a corrida pode ser uma forma de ajudar o próximo? Corrida solidária é o que faz Marcelo Alves, um ultramaratonista brasileiro que transforma cada quilômetro em esperança para crianças com câncer. Vamos conhecer sua inspiradora jornada!
Marcelo Alves: O Ultramaratonista que Transforma Corridas em Esperança
A paixão por correr pode ir muito além da linha de chegada, não é mesmo? Para Marcelo Alves, um ultramaratonista brasileiro, cada passo na pista se tornou um ato de solidariedade. Ele conseguiu algo incrível: usar o esporte para arrecadar mais de R$ 10 milhões, que foram destinados a hospitais infantis que tratam crianças com câncer. É uma história de superação que inspira a todos nós.
A Jornada de Marcelo Alves no Mundo das Ultramaratonas
Marcelo sempre teve o esporte no sangue, mas não se contentava em apenas correr. Ele buscava testar seus limites, enfrentando provas em condições extremas ao redor do mundo. Em 2012, ele fez sua estreia em maratonas e ultramaratonas, e desde o início, sua corrida tinha um propósito maior: ele carregava a bandeira da doação de medula óssea, transformando o esporte em uma ferramenta de conscientização. Ao longo de sua trajetória, Marcelo já participou de 18 provas em diversos cantos do planeta, sempre com a missão de fazer a diferença.
The Hardest Run: A Maior Corrida Solidária da América Latina
O compromisso social de Marcelo Alves ganhou uma forma ainda mais concreta em 2019, com a criação da The Hardest Run. Este evento se tornou a maior corrida de rua solidária da América Latina, unindo o desafio esportivo com a causa da solidariedade. A cada edição, a The Hardest Run quebra recordes, tanto em número de participantes quanto em arrecadação, convertendo o esforço dos corredores em apoio direto para instituições de saúde infantil.
O Impacto das Doações em Hospitais Infantis
A The Hardest Run é um exemplo claro de como o esporte pode gerar um impacto social gigantesco. Cada inscrição no evento se transforma em uma doação direta. Na última edição, a Corrida e Caminhada The Hardest Run 2025, por exemplo, o valor arrecadado foi revertido para a ampliação do Espaço da Família do Hospital Erastinho e para a construção de uma área exclusiva de cuidados paliativos para crianças em tratamento oncológico. Com a participação de 16.237 pessoas, o evento conseguiu arrecadar a impressionante quantia de R$ 2.273.180,00.
Marcelo Alves resume bem o sentimento: “Quando cruzamos a linha de chegada, não é só a nossa vitória. É a vitória de cada criança que ganha mais chances, mais conforto e mais esperança. Na pista, corro por mim. Mas na vida, corro por todos que precisam acreditar que é possível vencer até as provas mais difíceis. Cada passo dado nessa corrida aproxima essas crianças de uma vida mais digna, e essa é a medalha que realmente importa.”
Desafios Extremos: As Maratonas que Moldaram um Propósito
A trajetória de Marcelo é marcada por feitos notáveis, como o desafio “7 maratonas em 7 continentes em 7 dias”, parte do World Marathon Challenge. Ele foi o primeiro sul-americano a completar essa prova, correndo em locais tão diversos quanto o deserto gelado da Antártida e o calor intenso de Dubai, tudo em um período curtíssimo. Ele lembra que era preciso “atravessar continentes de avião, partindo imediatamente após terminar cada maratona. Entre refeições rápidas e breves momentos de descanso no próprio voo, já nos preparávamos para o próximo desafio.”
Na Antártida, as temperaturas eram tão baixas que “se você deixa a mão imóvel por muito tempo, ela pode necrosar. Lá, cada detalhe é questão de sobrevivência. Corremos sozinhos, guiados apenas por bandeirinhas no gelo. O silêncio é absoluto e exige preparo mental tanto quanto físico”, conta Marcelo, que treinava de madrugada em Curitiba para simular a solidão polar.
Outro desafio foi a Jungle Marathon, uma ultramaratona na Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Com mais de 250 quilômetros, a prova atravessa rios, pântanos e mata fechada, com temperaturas acima de 40 °C e umidade próxima de 100%. “O calor era sufocante, a umidade quase insuportável e a obrigação de carregar todo o próprio equipamento, comida, rede para dormir, kit de sobrevivência, tornavam cada dia uma batalha à parte. Cheguei a cortar a barra da camisa para reduzir alguns gramas e cansar menos. À noite, armávamos a rede no meio da selva, cercados por aranhas e cobras. No dia seguinte, mais uma maratona nos aguardava. Foi, sem dúvida, uma das provas mais duras e, ao mesmo tempo, mais bonitas que já vivi”, relembra.
A Importância da Solidariedade no Esporte
Essas experiências de superação transformaram-se em uma verdadeira missão de vida para Marcelo. “As corridas me mostraram que o limite não é o fim, é o começo. E decidi usar essa experiência para ajudar quem enfrenta a prova mais difícil de todas, que é o câncer infantil.” Hoje, Marcelo Alves é mais do que um atleta; ele é um símbolo de como o esporte pode ir além das fronteiras, atravessar continentes e se tornar uma poderosa ferramenta de solidariedade. Do gelo ao calor, do esforço individual ao impacto coletivo, sua corrida mais significativa é aquela que leva esperança a milhares de crianças em tratamento por todo o Brasil.
Como Você Pode Participar e Apoiar Essa Causa
A história de Marcelo Alves nos mostra que cada um de nós pode fazer a diferença. Se você se sentiu inspirado e quer acompanhar de perto essa jornada ou até mesmo participar de futuras edições da The Hardest Run, existem algumas formas de se conectar:
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Sua participação, seja correndo ou divulgando, ajuda a manter viva essa corrente do bem que transforma vidas.
Fonte: Webrun
