Maratonas geram US$ 5,2 bilhões e impactam comunidades

As maratonas têm um papel fundamental na economia e na sociedade. Você sabia que elas geram bilhões e ainda promovem ações sociais? Vamos explorar!
Maratonas: Muito Além da Corrida, um Motor de Impacto Econômico e Social
E aí, galera que ama uma boa corrida! Já pararam para pensar no poder que uma maratona tem? Não é só sobre cruzar a linha de chegada, não. É sobre o impacto gigante que esses eventos geram nas cidades. Um estudo recente da BrandFinance revelou que as 50 maiores maratonas do mundo, juntas, injetaram a impressionante marca de US$ 5,2 bilhões nas economias locais. E o Brasil, claro, não fica de fora dessa festa, com a Maratona do Rio de Janeiro na 29ª posição e a Maratona de São Paulo em 50º lugar.
O Pulso Econômico das Grandes Provas
Essa pesquisa foi um dos pontos altos da palestra de Natacha Manchado, gerente de projetos de corrida da World Athletics, durante o TS Summit em São Paulo. Ela destacou algo crucial: o retorno financeiro das maratonas não pode ser visto isoladamente. Ele anda de mãos dadas com as oportunidades sociais que cada evento cria. “Uma maratona gera impacto por três dias”, ela enfatizou, questionando quantos organizadores realmente medem esse impacto para mostrar aos governos, parceiros e à comunidade local os benefícios reais da prova. É uma forma de mostrar que, mesmo que algumas ruas sejam fechadas, o lado positivo do evento supera qualquer inconveniente.
Correndo por uma Causa: Ações Sociais e Caridade
Um dado que me chamou muito a atenção foi que, dos bilhões movimentados pelas principais maratonas, cerca de US$ 400 milhões vieram de fundos de caridade. Essa prática de associar a corrida a causas sociais é super comum lá fora, como na famosa Maratona de Londres, mas ainda engatinha aqui no Brasil. Natacha reconhece que nossa realidade é diferente da Inglaterra, mas vê uma grande oportunidade. “Pensar fora da caixa” e apoiar uma instituição de caridade pode gerar um impacto social e econômico duplo, mostrando que a corrida pode ser uma ferramenta poderosa para o bem.
Inspirando o Futuro: A Mini Maratona de Londres
A Maratona de Londres é um exemplo brilhante de como as ações sociais podem até rejuvenescer o público do esporte. Eles promovem uma corrida infantil, a Minimaratona de Londres, que este ano contou com a participação de 18 mil crianças. O melhor? É de graça! E a TCS (Tata Consultancy Service), que detém os naming rights da prova, ainda presenteia cada aluno que completa o percurso com 10 libras. Natacha sugere que iniciativas como essa podem ser adaptadas para o Brasil, talvez com parcerias entre escolas e o poder público. Não precisamos de 18 mil crianças de uma vez, mas “será que não conseguimos pensar em uma iniciativa assim?”, ela provoca.
Acolhimento e o Crescimento da Participação Feminina
No universo da corrida, o acolhimento é fundamental. Natacha citou campanhas de marcas como Adidas e Nike que mostram empatia com diferentes perfis de corredores, como mulheres durante o período menstrual ou na lactação. A Nike, por exemplo, lançou roupas esportivas com hijab para atletas muçulmanas. Essas são formas de garantir que as mulheres se sintam representadas e continuem no esporte.
Com essas ações, a participação feminina nas corridas de rua tem crescido bastante. No entanto, ainda há desafios. Natacha apontou uma demanda crescente por produtos específicos para mulheres. Um exemplo claro é o aumento de 200% nas buscas por óculos de corrida femininos no Google Brasil no último ano. “Não é novidade que tem mais mulher correndo, mas o que estamos fazendo com essa informação?”, ela questiona. É crucial manter espaços seguros e trabalhar em conjunto com o governo para que os organizadores deixem um legado duradouro e uma percepção positiva na comunidade local.
Desafios e Oportunidades: A Geração Z e o Sedentarismo
Um relatório chamado Sporting Goods 2025 trouxe dados preocupantes: 1,8 bilhão de pessoas no mundo não praticam atividade física. E entre os jovens de 11 a 17 anos, o cenário é ainda mais alarmante: 81% são sedentários. Para Natacha, essa crise de saúde pública é também uma oportunidade para o gestor esportivo. “A corrida é acessível. Por que não tentar reverter essa realidade através do esporte?”, ela indaga. É preciso inovar e quebrar barreiras.
A Geração Z, que compõe boa parte dessa faixa etária, é vista como um público estratégico para o futuro da corrida. Natacha mencionou programas como a Breaking Barriers Academy, da Adidas, que busca promover a equidade de gênero no esporte, atuando em comunidades. “Não precisa reinventar a roda”, ela conclui. Existem muitos exemplos e ações de marcas que podemos estudar para melhorar o acesso ao esporte e garantir que mais pessoas descubram a paixão pela corrida.
Fonte: Máquina do Esporte