Filho herda grupo de corrida após vencer câncer e honrar promessa ao pai

Filho herda grupo de corrida após vencer câncer e honrar promessa ao pai
Filho herda grupo de corrida após vencer câncer e honrar promessa ao pai
0:00 / 0:00

Você já parou para pensar como a corrida pode unir gerações? A história de Djalma Monti e seu pai, Francisco, é um exemplo perfeito disso. Após enfrentar um câncer e fazer uma promessa ao pai, Djalma não só voltou a correr, mas também assumiu o legado familiar nas corridas de rua. Vamos conhecer essa trajetória inspiradora!

Uma Jornada de Superação e Legado na Corrida de Rua

Em Itapetininga, no interior de São Paulo, a paixão pela corrida de rua é mais do que um hobby; é um elo que conecta gerações. A história de Djalma Lúcio Monti da Silva, de 59 anos, e seu pai, Francisco Geraldo da Silva, carinhosamente conhecido como Ficão, de 86 anos, é um testemunho inspirador de como o esporte pode fortalecer laços familiares e impulsionar a superação.

O Legado de Francisco e a Paixão Familiar

Francisco, o Ficão, é uma verdadeira lenda na corrida de rua local, com mais de cinco décadas de dedicação ao esporte, participando ativamente de provas entre 1955 e 2014. Sua influência foi tão marcante que Djalma, desde os seis anos em 1972, já acompanhava o pai em competições de futebol e, mais tarde, nas corridas. Ficão sempre enfatizou a seriedade necessária para o esporte, e essa paixão foi passada adiante, moldando a vida de Djalma e, agora, da nova geração da família.

A Luta de Djalma e a Promessa que Mudou Tudo

A vida de Djalma tomou um rumo inesperado quando, em 2009, ele foi diagnosticado com câncer. O tratamento foi intenso, exigindo cerca de dois anos de luta e mais de dez internações em hospitais de Botucatu e Jaú, no estado de São Paulo. Foi durante esse período desafiador, ainda no hospital, que Djalma fez uma promessa significativa ao pai: ao receber alta, ele se dedicaria a fortalecer o tradicional grupo de corrida fundado por Ficão, o XV de Novembro. Essa promessa se tornou um motor para sua recuperação e uma nova perspectiva de vida.

O Retorno Triunfante e a Nova Missão

Após ser curado pela quimioterapia, Djalma não apenas cumpriu sua promessa, mas a superou. Ele começou a treinar com mais seriedade para as corridas de rua em 2011, seguindo o exemplo de saúde e disciplina do pai. Sua dedicação o levou a participar ativamente da organização de eventos de corrida em Itapetininga, promovendo a união e o engajamento entre os atletas locais. Um dos momentos mais emocionantes dessa jornada foi em 2014, quando Djalma e Ficão correram juntos a 90ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo, um feito notável para Djalma, que havia acabado de superar o câncer, e para Ficão, que estava se despedindo das competições.

O Grupo Loucos por Corrida e a Tradição Familiar

O grupo de corrida de rua, que antes era liderado por Francisco, agora está sob a responsabilidade de Djalma. Conhecido como “Loucos por Corrida”, parte do Esporte Clube XV de Novembro, o grupo mantém viva a tradição das corridas e treinos aos domingos pela manhã. Essa paixão se estende à próxima geração: Mariah Oliveira, de 17 anos, filha de Djalma e neta de Ficão, também participa ativamente das corridas, mostrando que o amor pelo esporte é um verdadeiro legado familiar. A presença de Ficão nos eventos, mesmo que agora mais sentado, continua sendo um ponto de referência e orgulho para a comunidade, que o reconhece e o aborda com carinho.

Esporte, Saúde e Conexão: Lições de uma Família Corredora

A história de Djalma e Francisco é um poderoso lembrete de que o esporte vai além da atividade física; ele é um caminho para a saúde, a superação e a construção de laços inquebráveis. Para Djalma, o esporte é “tudo na vida”, e as medalhas na sala de casa contam uma história de vida e dedicação. Para Ficão, ver o filho dar continuidade à sua trajetória é motivo de grande orgulho, um desejo que ele gostaria de ver em todas as famílias. Essa narrativa de resiliência, amor e legado nos ensina sobre a importância de valorizar a saúde, a família e a comunidade, encontrando no esporte um propósito que transcende as pistas e as ruas.

Fonte: G1.globo.com

Conteúdos Relacionado