Desafios e Conquistas no 70.3 da USP: Uma Experiência Transformadora

Desafios e Conquistas no 70.3 da USP: Uma Experiência Transformadora
Desafios e Conquistas no 70.3 da USP: Uma Experiência Transformadora
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Você já se perguntou como é participar de um 70.3? Neste artigo, vamos explorar a experiência incrível de completar essa prova na USP, repleta de desafios e superações. Venha se inspirar!

Desafios e Conquistas no 70.3 da USP: Uma Experiência Transformadora

E aí, galera do triathlon! Que prova foi essa na USP? No dia 21 de setembro, a Cidade Universitária em São Paulo se transformou no palco do meu segundo 70.3, um evento que sempre atrai uma multidão de atletas e torcedores. Depois de encarar minha primeira prova dessa distância em abril – com 1.900 metros de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida – a empolgação foi tanta que logo me vi inscrita para mais um desafio na capital paulista.

A Jornada de Treinos: Superando o Inverno

A preparação para este 70.3 foi intensa e cheia de obstáculos. Enfrentei muitos treinos sob baixas temperaturas e chuvas persistentes, um inverno que parecia não ter fim e testou minha força de vontade. Manter a positividade em alta foi um desafio diário, mas, apesar de tudo, senti uma evolução significativa e me senti super preparada para o que viria. Nesse ciclo, tive a sorte de contar com uma companhia incrível: minha amiga Lu. Ela foi essencial, me presenteando com a primeira pulseirinha de Ironman como um convite e caminhando lado a lado em cada treino, dos mais fáceis aos mais puxados.

O Dia da Prova: Sol, Vento e Emoções à Flor da Pele

Ninguém esperava que o dia 21 de setembro seria um dia de sol escaldante, contradizendo todo o frio do inverno. Largamos às 6h, e logo de cara, um susto: a Lu tinha esquecido todas as garrafinhas da bike! Fiquei em choque, ela mais ainda. Não conseguimos largar juntas como planejado, mas rezei muito para que tudo se resolvesse. No final da natação, encontrei o marido dela, que me tranquilizou, dizendo que tudo tinha dado certo. Só fui reencontrar a Lu na corrida, o que me deixou bastante angustiada e ainda mais focada na oração.

Natação e Transição: O Início da Batalha

Na natação, que é uma modalidade onde me sinto mais segura, os 1.900 metros não me assustam. Não sou uma nadadora de elite, mas consigo me virar bem, e meu pace melhorou de 1’58 para 1’55. A transição número 1 foi tranquila, talvez até demais, e segui para o ciclismo com uma sensação ótima. O começo do percurso é bem técnico, com muitos desníveis, buracos e túneis, exigindo atenção redobrada. A prova só ganha fluidez ao chegar na Marginal, onde há mais espaço para pedalar.

Ciclismo e Corrida: Enfrentando os Elementos e a Mente

Além do calor de mais de 35 graus, um vento forte e imprevisível apareceu durante o ciclismo. Muita gente voou, e até cones foram atingidos. Pedalar contra o vento exigiu muita força, então aproveitei o vento a favor para cadenciar e não gastar todas as minhas energias nos 90 quilômetros, afinal, ainda restavam 21 km de corrida. Concluí o ciclismo aliviada, retornando à USP com as pernas ainda prontas para correr. No entanto, na última parte da prova, a mente estava bem, mas as pernas já não concordavam. Uma “semi cãibra” nas coxas internas me forçou a gerenciar a energia, alternando sorrisos para a família e amigos com a confusão mental de “não tem como correr 21km”.

Estratégias de Hidratação e Foco Mental

No primeiro posto de água, percebi que não bastava apenas passar correndo. Era preciso uma hidratação extra: boné na água para refrescar a cabeça, copos na mão para beber e me ensopar. Essa se tornou minha estratégia para os 21 km. A corrida foi dividida em três voltas de 7 km. Na primeira, precisei convencer minha mente de que conseguiria. Apesar de estar correndo rápido, o corpo gritava. Administrei a respiração e a postura, e o treinador me disse que eu estava ótima, o que me deu confiança.

A Força da Torcida e a Conquista Pessoal

Depois da primeira volta, a energia da família e amigos me impulsionou. A segunda volta teve um sabor especial, como se eu tivesse renascido das cinzas. Concentrava-me em sorrir e agradecer à torcida, e nas partes mais silenciosas, abaixava a cabeça e focava, lembrando que cada passada me aproximava do final. Andar não era uma opção, pois me desestabilizaria. Na terceira e última volta, meu único pensamento era a pulseira rosa, a última antes da linha de chegada. Meu pace abaixo de 6 minutos por quilômetro (média de 5’43, contra 6’08 em Brasília) mostrava que todo o treinamento valeu a pena. Ao receber a pulseira, quis chorar de gratidão e segui para o final, parando nos postos de água para me refrescar pela última vez.

Nesse momento, já tinha encontrado a Lu, que estava calma e sendo ajudada por nossas amigas. Sabia que ela não desistiria. Era a hora de fechar minha parte. Na reta final, com muita música, gritos e o apoio das minhas amigas, que me chamavam de forte, e de desconhecidos elogiando meu sorriso, a surpresa da minha família e o incentivo do meu namorado a cada volta, tudo se encaixou. Eu já não olhava o tempo, só queria cruzar a linha de chegada.

Reflexões e Próximos Passos

Cruzei a linha e, para minha surpresa, não chorei. Senti-me realizada, feliz e, claro, cansada. Percebi que aquilo não era impossível, mas sim uma realidade treinável. Embora não tenha batido meu recorde pessoal (fiz exatamente o mesmo tempo de Brasília), as condições infinitamente mais difíceis em São Paulo influenciaram. Cada prova é única. Melhorei minha natação (de 1’58 para 1’55) e a corrida (21km abaixo de 2h, com média de 5’43). Apenas a bike, com média de 30km/h, ficou abaixo dos 32km/h da primeira prova, mas as adversidades foram muitas.

Olhando para trás, é incrível ver o poder da evolução do corpo humano. O quanto é possível melhorar quando há vontade e dedicação. O mais animador é que vejo um imenso potencial de melhoria, o que me deixa com o coração quentinho para continuar construindo minha história neste esporte que tanto amo. E você, já está pronto para a próxima?

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Fonte: Webrun

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