Correr em jejum: riscos e benefícios que você precisa conhecer

Você já ouviu falar sobre correr em jejum? Essa prática tem gerado muitas discussões entre corredores. Neste artigo, vamos explorar os riscos e benefícios dessa abordagem, ajudando você a decidir se vale a pena experimentar.
O que acontece com o corpo ao correr em jejum?
Quando você decide sair para correr sem ter comido nada, seu corpo reage de um jeito diferente. O Dr. Roberto Ranzini, médico do esporte, explica que a glicose no sangue pode cair bastante. Isso pode causar tontura, fraqueza e, em casos mais sérios, até desmaios. Ele também alerta que, se você tem alguma condição de saúde, é super importante conversar com um médico antes. Os efeitos negativos podem ser bem sérios para sua saúde.
Riscos associados à corrida em jejum
Impacto no desempenho e bem-estar
Correr sem comer pode trazer alguns pontos negativos que merecem atenção. O Dr. Ranzini destaca que a falta de carboidratos, nossa principal fonte de energia, pode atrapalhar seu desempenho. Isso significa que treinos mais intensos ficam mais difíceis de fazer. Além disso, o corpo pode liberar mais cortisol, o hormônio do estresse.
Outro ponto importante é que, ao contrário do que muitos pensam, estudos indicam que correr em jejum não necessariamente aumenta a queima de gordura. E tem mais: depois de um treino em jejum, se você comer algo muito pesado, pode sentir náuseas ou indigestão.
Riscos à saúde a longo prazo
O médico alerta que a queda brusca de açúcar no sangue, conhecida como hipoglicemia, é um risco sério. Começar o exercício já com pouca energia pode gerar problemas de saúde graves.
Para quem não está acostumado a comer durante treinos longos, o estômago pode ficar “destreinado”. Isso pode ser um problema em provas, quando a ingestão de carboidratos é crucial. A fome excessiva após o jejum pode levar à compensação alimentar, anulando qualquer benefício. Treinos de alta intensidade ou intervalados podem ser menos eficazes pela falta de energia.
Manter o cortisol alto por muito tempo também é preocupante. Isso pode afetar seu metabolismo, aumentar o risco de lesões e até prejudicar a saúde dos ossos. A imunidade também pode ficar mais fraca, segundo alguns estudos. E para as mulheres, há impactos específicos. O ciclo menstrual, a massa muscular e a densidade óssea podem ser negativamente afetados por essa prática.
Benefícios potenciais da prática
Apesar dos riscos, o Dr. Ranzini menciona que algumas pessoas podem sentir benefícios. É importante lembrar que cada corpo reage de um jeito, então o que funciona para um pode não funcionar para outro. Testar e ajustar é a chave.
Uma das vantagens mais citadas é a praticidade. Para muitos corredores, pular o café da manhã e sair para correr logo cedo se encaixa melhor na rotina. Outro ponto é o menor desconforto estomacal. Treinar em jejum pode evitar aquela sensação de peso ou problemas digestivos que algumas refeições pré-treino podem causar.
Sem o glicogênio (carboidratos armazenados) disponível, o corpo tende a usar mais as reservas de gordura como combustível. Isso pode levar a alterações metabólicas positivas, como uma melhor regulação da insulina e, em alguns casos, até a redução do colesterol. Quando combinado com uma alimentação balanceada, correr em jejum pode ajudar na perda de peso e na melhora da composição corporal.
Como saber se correr em jejum é para você?
É crucial prestar atenção aos sinais que seu corpo dá. Se você sente fadiga o tempo todo, dorme mal ou percebe que seu desempenho não melhora, talvez essa prática não seja ideal para você. Nesses casos, o melhor é mudar o treino e procurar um médico.
O Dr. Ranzini é bem claro: correr em jejum não serve para todo mundo. Ele enfatiza a importância de uma avaliação individual com um profissional de saúde. Isso garante que você treine com segurança e consiga os resultados que busca.
Para quem quer tentar, ele dá algumas dicas importantes:
- Faça um bom jantar na noite anterior.
- Mantenha-se bem hidratado.
- Evite treinos muito puxados.
- E, acima de tudo, ouça seu corpo. Se algo não parece certo, pare.
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Fonte: Webrun