A trágica história de Jessé Ramos: um corredor generoso assassinado em São Luís
Hoje, falamos sobre Jessé Ramos, um corredor querido que teve sua vida interrompida de forma trágica. Sua história nos lembra da importância da generosidade e da segurança nas ruas. Vamos explorar sua trajetória e o impacto que deixou na comunidade.
A Dor e o Legado: A Tragédia de Jessé Ramos, Corredor Amado em São Luís
É com um aperto no coração que a comunidade de corredores de São Luís e os moradores do Jardim Araçagy e Cohatrac se despedem de Jessé Ramos da Silva. Aos 72 anos, “Seu Jessé”, como era carinhosamente conhecido, teve sua vida interrompida de forma brutal na manhã desta terça-feira, 25 de novembro de 2025, durante um assalto. Uma perda que nos faz refletir sobre a fragilidade da vida e a importância de cada passo que damos.
Um Coração Generoso e um Espírito Atleta
Jessé Ramos não era apenas um número na estatística, mas uma figura querida e respeitada. Sua generosidade era uma marca registrada, algo que seus amigos e familiares sempre destacavam. Jorge Andrade, um parente, expressou a dor de muitos: “Tio Jessé sempre será lembrado por sua generosidade, força e intrepidez. Vai deixar muitas saudades. Obrigado pelos ensinamentos.”
Além de sua bondade, Jessé era um apaixonado pela corrida. Mesmo aos 72 anos, a paixão pelo esporte o mantinha ativo. A apresentadora do Globo Esporte Maranhão, também atleta, lembrou que ele estava prestes a participar de uma corrida no dia seguinte ao crime, tendo inclusive buscado a camisa do evento. “Sempre, sempre me pegava no braço e falava: ‘oi menina. Você é sabida!'”, contou ela, mostrando o carinho e a energia que ele transmitia.
A Manhã Trágica: Um Assalto com Desfecho Fatal
O crime aconteceu por volta das 5h15 da manhã, um horário em que muitos corredores já estão nas ruas, buscando a endorfina do amanhecer. Jessé estava em seu habitual ato de carinho, levando sua nora para a parada de ônibus, quando foi abordado por um assaltante em uma moto. Em um ato de coragem, ele reagiu, usando um objeto que tinha em mãos para se defender. Infelizmente, o criminoso engatilhou a arma e disparou um tiro no pescoço de Jessé, que veio a óbito minutos depois. O assaltante fugiu sem levar nada e, até as 13h daquela terça-feira, ainda não havia sido capturado. Câmeras de segurança registraram toda a cena, um testemunho frio da violência.
O Legado de um Homem da Comunidade
A influência de Jessé Ramos ia além das pistas de corrida. Ele era uma figura conhecida em diversas esferas da comunidade. Antigo proprietário de uma autoescola, tinha amizade com policiais civis da Delegacia do Cohatrac, onde era visto com frequência. No Jardim Araçagy, era colega e amigo de atletas de judô, como Italo Nunes, que lamentou profundamente a perda: “Dia de muita tristeza em nossa comunidade do Jardim Araçagy. Perdemos a vida de um grande amigo da nossa comunidade. Um homem digno, responsável por uma família maravilhosa e de muito respeito por todos.”
Reflexões e o Chamado por Segurança
A partida de Jessé Ramos nos força a encarar a dura realidade da violência urbana. Sua história é um lembrete doloroso de que a segurança é uma preocupação constante para todos, inclusive para aqueles que buscam saúde e bem-estar através do esporte. A comunidade de corredores, que muitas vezes treina em horários de menor movimento, sente-se especialmente vulnerável.
A memória de Jessé, sua generosidade e sua paixão pela corrida, certamente continuarão a inspirar. Que sua história sirva não apenas para lamentar uma perda irreparável, mas também para reforçar a união da comunidade e o clamor por mais segurança, para que outros atletas e cidadãos possam viver e correr em paz. É um momento de luto, mas também de reflexão sobre o que podemos fazer para honrar seu legado e proteger uns aos outros.
Fonte: G1
