Vulcabras acelera crescimento com foco nas corridas de rua

A Vulcabras, dona da Olympikus, está acelerando seu crescimento no mercado de corridas de rua. Com inovações e uma estratégia focada, a marca se destaca entre os corredores. Vamos explorar como essa trajetória se desenrola!
A Ascensão da Olympikus: Como a Vulcabras Conquistou o Asfalto Brasileiro
E aí, galera que vive de endorfina! Hoje a gente vai bater um papo sobre uma história de sucesso que está diretamente ligada às nossas paixões: a corrida de rua. Estou falando da Vulcabras, a gigante por trás da Olympikus, que vem mostrando um fôlego impressionante no mercado. É uma trajetória de crescimento que já dura 20 trimestres consecutivos, e o segredo? Um foco certeiro no universo da corrida.
Do Passado Multifacetado ao Presente Focado: A Jornada da Olympikus
A Vulcabras, que começou lá em 1952, deu vida à Olympikus em 1958, através da Calçados Azaleia. Por um bom tempo, a marca explorou diversos esportes, chegando a ser parceira do Comitê Olímpico Brasileiro e a vestir nossos atletas em grandes eventos. Mas, como em toda boa corrida, chega uma hora de focar na sua melhor passada, né? E foi exatamente isso que aconteceu.
Essa virada estratégica, que se consolidou com a linha Corre, mostrou que a empresa entende o que o corredor brasileiro busca. O CEO Pedro Bartelle, inclusive, anunciou em agosto, durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre, um reforço nas contratações para expandir ainda mais essa linha. Afinal, os calçados esportivos já respondem por impressionantes 85% do faturamento da Vulcabras. É um mercado que não para de crescer, e a Olympikus está lá, ditando o ritmo.
A Linha Corre: O Coração da Estratégia e Suas Inovações
O grande marco dessa jornada foi o lançamento da linha Corre em 2019. O tênis Corre, com um preço de R$ 599, já está em sua quinta edição e se tornou um verdadeiro queridinho, liderando os rankings de preferência no Brasil, segundo o popular aplicativo Strava. É a prova de que um bom custo-benefício, aliado à performance, conquista o corredor.
Mas a inovação não parou por aí. A família Corre cresceu, trazendo modelos com ainda mais tecnologia e valor agregado. Temos o Corre Turbo, o Supra e até o Corre com placa de grafeno — a resposta da Olympikus aos tênis de placa de carbono que viraram febre global. É a marca mostrando que dá para ter tecnologia de ponta sem precisar vender um rim, sabe? Eles realmente querem que a Olympikus seja a “campeã nacional” da corrida, e estão investindo pesado para isso.
Estratégia de Mercado e Verticalização: O Diferencial da Vulcabras
A Vulcabras se destaca no cenário nacional por ser uma empresa altamente verticalizada. Isso significa que eles controlam todas as etapas, desde a concepção do produto até a chegada dele nas suas mãos. O Pedro Bartelle, CEO da empresa, vê isso como uma vantagem competitiva enorme, pois permite uma “inteligência de mercado bastante desenvolvida”, sabendo exatamente o que e onde oferecer.
Essa estrutura contrasta com a de muitos concorrentes globais, como a Nike, que no Brasil tem sua operação controlada pelo grupo SBF (da Centauro), um varejista. A Vulcabras, que já teve em seu portfólio marcas como Adidas, Puma, Reebok e Lotto, aprendeu muito com essa experiência e hoje foca em dominar seu próprio processo. Mesmo com uma leve queda de 1,7% na margem bruta no último trimestre, a empresa enxerga isso como um “investimento estratégico em crescimento” e uma “oportunidade de expandir o market share”. É a visão de longo prazo falando mais alto.
Construindo a Marca: Patrocínios e a Experiência do Corredor
Para celebrar seus 50 anos em 2025, a Olympikus está com uma estratégia de marketing de peso: patrocinar 50 provas de corrida pelo Brasil. Isso inclui grandes eventos como as maratonas de São Paulo e Porto Alegre. Além disso, a marca mantém o “Bota pra Correr” (BPC), um evento proprietário que acontece desde antes da pandemia em destinos incríveis como Alter do Chão, Cumbuco e Pantanal. O Márcio Callage, CMO da Vulcabras, deixou claro que o BPC não é sobre retorno financeiro direto (ROI), mas sim sobre criar “awareness” de marca e se conectar com a comunidade corredora.
Essa conexão é fundamental, e a empresa sabe que precisa ir além. O e-commerce, por exemplo, já é um canal relevante, crescendo 1,8 ponto percentual em um ano e representando 14,8% da receita líquida no último trimestre. Mas a Vulcabras planeja ir além, com a abertura de lojas físicas. A ideia é oferecer uma experiência de consumo mais completa, algo que as redes multimarcas, por suas características, nem sempre conseguem. Essas lojas também seriam um “estoque avançado para entrega rápida” e, mais importante, um espaço para dar visibilidade a artigos de vestuário e acessórios, que hoje representam apenas 8% da receita, mas têm potencial para dobrar, segundo Bartelle. É um movimento estratégico para competir com gigantes como a Under Armour, que gera 80% de sua receita global com vestuário.
Superando Desafios e Olhando para o Futuro
A trajetória da Vulcabras não foi só de vitórias. No passado, a empresa enfrentou momentos difíceis, como a invasão de produtos chineses, que levou à demissão de dois terços dos 45 mil funcionários (hoje são cerca de 22 mil) e ao fechamento de 29 fábricas. Esse processo de reestruturação, liderado por Claudio Galeazzi, forjou uma empresa mais resiliente. Como disse Bartelle, “a dor ensinou a gente a gemer”, criando uma “casca de tartaruga forte”.
Hoje, a Vulcabras colhe os frutos dessa resiliência. Com 20 trimestres de crescimento, a empresa registrou em 2024 uma receita bruta de R$ 3,56 bilhões (um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior) e um lucro líquido de R$ 544,1 milhões. A receita líquida do último trimestre, por sua vez, cresceu 17,6%. Esses números mostram que a Vulcabras não só superou as águas turvas do passado, mas está navegando com força total, consolidando a Olympikus como uma força dominante no mercado de corrida de rua no Brasil.
Fonte: www1.folha.uol.com.br