Corridas de Rua: O Crescimento do Elitismo e Seus Impactos

Corridas de Rua: O Crescimento do Elitismo e Seus Impactos
Corridas de Rua: O Crescimento do Elitismo e Seus Impactos
0:00 / 0:00

Você já parou para pensar como a corrida se transformou de um esporte acessível em algo elitista? Neste artigo, vamos explorar essa mudança e seus impactos.

O que Mudou nas Corridas de Rua?

E aí, galera da corrida! Vocês já pararam pra pensar como nosso esporte, que sempre foi sinônimo de liberdade e acessibilidade, está mudando? Eu, que vivo o asfalto, tenho notado uma transformação e tanto. Aquela ideia de que bastava um tênis e a vontade de correr… bem, parece que ficou um pouco para trás, né? Hoje, a gente vê um monte de gente com equipamentos de ponta — tênis de R$ 2 mil, óculos que parecem de astronauta, meias de compressão importadas. Será que a **corrida elitista** está virando um clube exclusivo?

Custos Iniciais para Novos Corredores

Se você está pensando em dar as primeiras passadas, mesmo sem a intenção de encarar uma prova logo de cara, saiba que já existe um “pedágio” inicial. Segundo pesquisas do Nubank e da Associação Brasileira de Organizadores de Corridas de Rua e Esportes Outdoor (ABRACEO), o investimento para começar fica entre R$ 560 e R$ 600. Esse valor, gente, é para o básico: um tênis decente e alguns exames médicos para garantir que está tudo em ordem. É um começo, mas já mostra que a barreira de entrada não é tão baixa assim.

A Elitização do Mercado de Corridas

A corrida, que era pura paixão, virou um estilo de vida e, claro, um baita negócio. As grandes marcas, espertas que só elas, viram o potencial e jogaram pesado. A Alê Junqueira, personal trainer e a mente por trás do “Eu Sou Dessas que Correm”, tocou num ponto que me pega muito: o que era pra ser simples, ficou caro demais. Ela vê as provas virando um “desfile de moda”, onde a galera acha que precisa do tênis mais caro, do óculos “baixa-pace” e da roupa de grife. E o treino de verdade? Fica em segundo plano, infelizmente.

Impacto das Grandes Marcas no Esporte

Não dá pra negar que o investimento das marcas impulsiona o esporte, mas também cria uma pressão. A gente se sente quase obrigado a ter o último lançamento, a tecnologia mais avançada. Isso desvia o foco do que realmente nos move: a corrida em si. A Alê, com a sabedoria de quem vive isso, critica essa inversão de valores. Ela diz que a gente gasta uma fortuna em acessórios, mas esquece de investir no que realmente importa: um bom acompanhamento profissional para correr com segurança e evoluir de verdade.

Custo Mensal para Corredores Regulares

E pra quem já está na estrada, mantendo o ritmo? Os custos continuam, viu? Para seguir correndo com regularidade e buscar aquela melhora no desempenho, o Nubank e a ABRACEO apontam gastos mensais que variam de R$ 185 a R$ 300. Isso inclui treinos, alimentação específica e a manutenção dos equipamentos. Agora, se você sonha em correr uma maratona ou uma prova em outra cidade — tipo aquela icônica que a gente sempre quis fazer —, prepare o bolso! Passagens, hospedagem, alimentação e a inscrição da prova fazem o valor disparar.

Provas e Eventos no Espírito Santo

Aqui no Espírito Santo, por exemplo, a agenda está cheia! Temos pelo menos 25 provas de rua programadas até o fim do ano. E os valores? A Tickets Sports, uma das maiores plataformas de inscrição, mostra que o ticket médio para adultos por aqui é de R$ 157,50 — e isso sem as taxas de serviço, hein! Dá pra encontrar provas mais em conta, a partir de R$ 50, mas também tem aquelas que chegam a R$ 265. Ou seja, tem opção pra todo mundo, mas o custo ainda é um fator a se considerar.

Acessibilidade e Inclusão na Corrida

Essa é a grande questão que me tira o sono: se a corrida é um esporte para todos, como garantir que os custos não virem uma barreira? A gente não quer que a corrida, que sempre foi um símbolo de liberdade e inclusão, se torne algo restrito a quem pode pagar. É fundamental que a essência democrática do esporte seja mantida, para que ninguém fique de fora por falta de grana ou por não ter o “look” da moda.

Iniciativas que Resgatam a Essência da Corrida

Mas nem tudo está perdido! Existem iniciativas incríveis que estão remando contra essa maré de elitização. Um exemplo que me enche de orgulho é o projeto “Eu Sou Dessas que Correm”, da Alê Junqueira. Ela lançou o programa por apenas R$ 29,90 por mês! É pra ser acessível de verdade, pra caber no bolso de todas as mulheres. O foco é acolhimento, orientação técnica e inclusão, com treinos simples e apoio emocional. O resultado? Mais de 1.500 alunas espalhadas pelo Brasil, começando a correr do zero e resgatando a autoestima. Isso sim é corrida de verdade!

O Papel das Assessorias Esportivas

A Alê Junqueira bate na tecla de que o dinheiro deveria ser investido em um bom treino, em uma assessoria, em um programa que dê segurança. Ela vê muita gente gastando com “apetrechos” e querendo treinar sozinho, o que acaba em lesões e frustração. A verdade é que um acompanhamento profissional faz toda a diferença para evoluir e correr sem se machucar. É um investimento na sua saúde e na sua performance, muito mais valioso que qualquer tênis de R$ 2 mil.

Reflexões sobre o Futuro das Corridas de Rua

O mercado de corridas de rua no Brasil está bombando, isso é fato. O 3º Summit ABRACEO/CBAt mostrou que o setor deve crescer 26% em 2025, movimentando um bilhão de reais pela primeira vez! Em 2023, tivemos 2.186 provas, saltando para 2.827 em 2024. Para 2025, a previsão é de 2.437 eventos, com o mercado cada vez mais profissionalizado. Mas, no meio de tanto crescimento e dinheiro, a gente precisa lembrar que corrida é liberdade. É colocar o tênis, sair na rua e dar o seu melhor, com ou sem GPS de última geração. O importante é que ninguém fique de fora por não ter o “look certo”. Que a corrida continue sendo para todos nós!

Fonte: Es Brasil

Conteúdos Relacionado